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Wednesday, February 8, 2012

Behind the Scenes: sometimes a cigar is just a cigar

  Como já disse, não sou completamente adverso ao conceito de, por vezes, ser necessário distanciamento para identificar certos traços e ligações, contudo, não subscrevo à teoria que os escritores são influenciados um pouco por tudo o que vêem, lêem, experimentam e escutam, pelo menos não a ponto disso se reflectir na escrita. Posso garantir que houveram muitas experiências reais, literárias, televisivas e cinematográficas que, em certa medida, influenciaram a minha vida, sem que isso se tenha reflectido nas narrativas que crio. Estão à vontade para burst this perfect bubble e se conseguirem provar o contrário não terei outra opção senão dar o braço a torcer (como qualquer ser racional), mas até lá terei de manter-me teimosamente irredutível.
  E sim, caso não tenham entendido, é um desafio que vos lanço.

  Não obstante, devo admitir que nem sempre fui assim. Nas minhas primeiras experiências a nível de escrita, ainda na pré-adolescência e na adolescência, muito antes de “Crónicas Obscuras” serem sequer uma miragem distante na periferia da minha mente, a origem das minhas ideias era bastante fácil de apontar. Na altura, escrevia em exclusivo para mim e ainda bem que assim era, pois poupei-me a muitos embaraços. Hoje em dia, limito-me a corar de vergonha perante essas primeiras tentativas, cruciais para o processo de aprendizagem, mas completamente inúteis para qualquer outro fim.

  Falarei sobre isso no post “Behind the Scenes: Antes de Crónicas Obscuras (dêem um desconto ao gaiato…)”, dia 15 de Fevereiro.

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