Balanço

Após uma longa e produtiva Semana do Livro dou por mim a reflectir sobre a experiência.

Aqueles que me conhecem melhor sabem perfeitamente que a oratória não é o meu ponto forte, por isso, julgariam que, de entre todas as fases que compõe o lançamento de um livro, as sessões de apresentação seriam o que eu mais temeria. Até recentemente eu concordaria com eles sem hesitar, porém, após 6 sessões em 5 dias, alegra-me dizer que correu melhor do que estava à espera.

Antes de mais, as pessoas com as quais colaborei, tanto nas escolas quanto nas livrarias, foram extremamente prestáveis e acolhedoras, mostrando-se mesmo capazes de navegar por entre alguns pequenos problemas logísticos.

Quanto ao público, tive todo o tipo de reacção, desde indiferença a genuíno interesse, desde salas praticamente vazias a bibliotecas apinhadas. Por entre altos e baixos, todos os elementos contribuíram para uma experiência francamente positiva e sessões polvilhadas de perguntas, às quais espero ter conseguido responder, por entre a minha habitual tendência para divagar.   

Em suma, posso dizer que gostei destas sessões e acreditem ninguém fica mais surpreendido que eu com esta conclusão. Nunca serei aquele género de pessoas que parecem apaixonados pelo som da própria voz ou que vivem para estarem sobre as luzes da ribalta, mas a oportunidade de divulgar o meu livro, de partilhar as minhas ideias sobre a colecção Crónicas Obscuras, deu-me uma satisfação que não antecipei, de todo.