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Tuesday, November 15, 2011

Behind the Scenes Influências: Monster in my pocket


  Ao longo dos anos li muito sobre mitologia, sendo, ainda hoje, um dos meus temas favoritos. Não se nota nada, pois não? Escrevendo dentro da dark fantasy e tal…

  Acredito que a origem desta queda para os monstros em detrimento dos heróis humanos (que de resto me pareciam todos iguais) está numa pequena caderneta que recebi na escola, salvo erro no 2º ano. Não me perguntem porque raio as escolas ofereciam cadernetas de cromos nessa altura, mas faziam-no, ou pelo menos a minha fê-lo. Seja como, “Monster In My Pocket” foi a primeira caderneta de cromos que completei do início ao fim (e olhem que não foi nada fácil) e das poucas que me despertaram genuíno interesse (para desgosto do meu pai, que lá me ia oferecendo cadernetas da World Cup e outras que tais, subjugadas ao tema da bola).  


  Na minha memória ficou gravado a laser o cheiro das saquetas de cromos da Panini e toda a antecipação que vinha com a sua abertura, regra geral no chão do meu pequeno quarto alcatifado. Neste momento, o pequeno quarto já não é meu e a alcatifa há muito que foi substituída pela madeira, contudo, o meu exemplar de “Monster In My Pocket” continua religiosamente guardado. Isto depois ter andado perdido durante um ou dois anos, quanto cometi a imbecilidade da emprestar a um colega da escola, acho que no 5º ano ou coisa do género. (Perdido nada, eu sabia muito bem onde ela estava, na casa do sacana do meu colega, que só a devolveu quando eu apertei com ele).

(Pelo tamanho que o post tem, já deve ter percebido que é um tema que me fala ao coração. Mas não é sempre assim quando mexemos na nossa infância? De qualquer modo, tenham paciência, estou quase a acabar).

  Mais tarde, já quase adulto apercebi-me que a colecção “Monster In My Pocket” também tinha coisas como brinquedos e afins, mas então já era tarde para tais me meter nessas aventura ou para elas sequer me despertarem o interesse. Por isso, para mim, “Monster In My Pocket” significará sempre, única e exclusivamente, aquela velhinha caderneta, gasta de tanto ser mexida, que guardo com carinho. Não interesse que depois dela tenha lido muitas mais e melhores histórias sobre seres mitológicos. Na verdade, hoje em dia, o modo como ela abordava uma criatura por página, com muitos cromos e um texto minúsculo, parece-me muito infantil e limitado, como não podia deixar de ser, porém, foi o primeiro amor e como tal terá sempre um lugar no meu coração.  



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