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Wednesday, February 15, 2012

Behind the Scenes: Antes de Crónicas Obscuras (dêem um desconto ao gaiato…) – parte 1

  No post Behind the Scenes:sometimes a cigar is just a cigar referi de passagem as minhas primeiras experiências literárias e como era fácil ver a influência por trás delas. Agora aprofundarei o tema e peço apenas isto: perdoem-me, era jovem, não sabia o que fazia…

  Aos 12 anos de idade, "Ivanhoe" de Sir Walter Scott foi o primeiro livro que exigiu mais de mim como leitor, por isso não é de admirar que a minha tentativa nº 1 tenham ido beber muito à história deste clássico da literatura. Já não me lembro do título, mas posso dizer que a narrativa, encerada naquela meia dúzia de folhas quadriculadas, que há muito desapareceram na tralha que acumulei ao longo dos anos, ocorria no período medieval, estando repleta de senhores feudais opressores, combatidos por nobres cavaleiros e desenrascados foras da lei, assim como castelos que eram tomados com estratégias que desafiavam qualquer lógica militar e uma ou duas leis da Física… Em suma, um monte de esterco em três actos.
   A tentativa nº 2 envolveu escravos que lutava pela liberdade no Brasil do século XIX, ideia que, em retrospectiva, parece claramente influenciada pelas obras de Jules Verne e por uma bateria de novelas e série que via na altura. (sim, via novelas… Que querem? Na altura só tinha quatro canais, o que viesse à rede era peixe.). Como imaginam, a 2ª tentativa foi tão má como a 1ª.
  A 3ª tentativa, embora mais elaborada e requerendo um investimento de tempo muito maior, também não foi relevante o suficiente para me lembrar do título e a sua origem é evidente ou ponto de ser quase ridícula: a série Highlander. A narrativa pegava no conceito dos imortais que todos conhecemos, mas em vez de se centrar num escocês da Idade Moderna, acompanhava a vida de um ateniense do século V a.C.? Quando digo acompanhava, refiro-me a algo sequencial, desde a Antiguidade aos dias de hoje. Ao desgraçado aconteceu tudo, incluindo ser soterrado durante a erupção do Vesúvio. Foi algo muito divertido de escrever, particularmente as sequências de combate, porém, acabei por me fartar antes do fim e passei para outro projecto.
   No dia 23 de Fevereiro poderão ler mais sobre as desventurar literárias da minha adolescência.

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