Apenas dois projectos antecederam o “abandono” da escrita e, consequentemente, a criação de Crónicas Obscuras. Não sou capaz de indicar qual deles surgiu primeiro, por isso começarei por aquele em que as influências são mais visíveis (embora muito menos descaradas que nos trabalhos anteriores).
Houve uma altura na minha adolescência (creio que no 10º ou 11º, mas não tenho a certeza) em que li muitos romances históricos, especialmente obras de Stephen Lawhead. Creio que foi isso que me fez voltar a tentar escrever uma narrativa passada na Idade Média. Embora o trabalho final não tenha merecido o olhar de terceiros (nem tido essa possibilidade, uma vez que foi eliminado por um problema no computador), demonstrou uma clara evolução em relação à tentativa anterior. Pelo que me lembro a história era relativamente simples, dois mercenários, são contratados para protegerem uma nobre que tem de percorrer uma enorme distância para ser dada em casamento. Como seria de esperar, um deles apaixona-se por ela, problema que poderia ter sido resolvido, não fosse o outro mercenário precisar desesperadamente que a missão fosse concluída, pois esse era único meio de se vingar de um inimigo que o ferira e humilhara. Novamente, aquilo que ainda correu melhor foram as sequências de combate.
A última narrativa que irei referir é a única cujo nome me lembro: “Magus – A Guerra das Relíquias” era uma história de low fantasy, passado nas sombras do nosso mundo (parece-vos familiar…) onde um grupo de feiticeiros/guerreiros eram responsáveis por eliminar todas as criaturas sobrenaturais que fossem uma ameaça para a sociedade humana. A história começa com dois desses feiticeiros/guerreiros a serem enviados para treinar um novo recruta e termina numa corrida para encontrar determinados artefactos, quando uma conspiração divide a sua sociedade secreta em duas facções que procuram destruir-se. Nada de extraordinário, eu sei, contudo, como todas as tentativas anteriores, foi uma stepping stone importante na minha evolução. Compreendem agora quão importante foi aquela pausa forçada?
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