Vampiros

Há 150 anos atrás, ninguém seria capaz de ver os mortos-vivos bebedores de sangue como algo mais que monstros. Mas hoje em dia, graças ao cinema e literatura, eles são o epíteto sobrenatural da sedução, eterna juventude, estilo e poder. São das poucas espécies com que nos podemos identificar e mesmo invejar. Afinal, quem entre nós não gostaria de viver para sempre, eternamente jovem e saudável, livres das regras e limitações mortais?

Claro que embora a opinião geral sobre os vampiros tenha suavizado isso não significa que eles se tenham tornado mais dóceis. Afinal, parte da sua atracção vê da sua mistura entre o perigo e beleza. Nenhuma espécie mitológica gera tanto fascínio como a dos vampiros. O que significa que cada vez que um escritor ou realizador decide mexer no tema incorre no risco de receber algum hate-mail. A isso desde já digo: azar! 

Infelizmente, não posso agradar a todos. Assim como não concordo com determinadas abordagens ao universo vampírico. Contudo, direi isto em minha defesa, nos vampiros de Crónicas Obscuras procurei manter-me fiel aos parâmetros gerais do que um vampiro deve ser: um morto-vivo que bebe sangue, belo, sedutor e poderoso.