A não ser que consigamos viver daquilo que escrevemos, nós (bloggers, escritores, etc) somos obrigados a enfrentar algumas dificuldades para partilhar com o mundo as nossas criações, nomeadamente no que diz respeito a nível de tempo.
Nas nossas vidas duplas, por vezes desejamos que o dia tivesse 36 horas, para podermos fazer tudo (ou se calhar não, umas vez que o mais certo seria termos de gramar com mais horas de trabalho). De qualquer modo, engolimos o pato porque amamos os nossos hobbies (muitas vezes, nos momentos mais negros, são as únicas coisas que nos dão ânimo), todavia, tal não se faz sem que algo se perca no processo. Uma ideia que desaparece porque não foi desenvolvida na altura certa. Uma personagem que morre na praia. Um post que acaba por não ser escrito.
O tempo, ou melhor, a falta dele, escraviza-nos a todos, das mais variadas maneiras. Ter boas ideias é fácil, conseguir disposição para alimentá-las após um dia de trabalho é mais difícil, contudo, para mim, mais custoso que isso é quebrar o ritmo. Como todo o bom profissional, um escritor precisa de praticar a sua arte o mais possível, para melhorar e manter as capacidades aguçadas, sendo essa regularidade que lhes permite ganhar balanço, fazendo mais e melhor.
Quando se trata de escrever um post ou algo do género, para mim, a ideia de “grão a grão enche a galinha o papo” é tolerável como método de escrita, mas não quando o objectivo é criar um livro. Por mais que planeia o que será feito, o trabalho intermitente leva a demasiadas perdas.
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