Apesar de minha estadia no Fórum Fantástico ter sido curta, foi definitivamente compensadora (verdade seja dita, depois de congressos de arqueologia, tudo o que seja minimamente civilizado é bom...).
Não posso falar por terceiros, mas para mim esta convenção valeu pela oportunidade rara (senão única) de ouvir determinados autores, tanto nacionais como estrangeiros, exporem a suas perspectivas sobre o processo criativo. Percepção esta, condicionada pelas 3 palestras que assisti sobre A Mecânica da Escrita Fantástica, nomeadamente: “Worldbuilding”, por Ricardo Pinto; “Invented Technology and Atmosphere”, por Stephen Hunt e “Characters and Characterization”, por Peter V. Brett. Embora em moldes mais complexos, as intervenções vincaram a importância da consistência e as vantagens da planificação cuidada de um livro, em oposição à escrita livre, apesar dos autores reconhecerem o valor desta última.
Além destas três intervenções, apenas assisti a:
“Fórum Fantástico: 5 anos, e agora?”, à conversa com Rogério Ribeiro e Safaa Dib. Neste pequeno diálogo falou-se um pouco sobre a origem e percurso do Fórum Fantástico, caminho que, como é habitual, não foi exactamente fácil, confirmando a velha premissa de “quem quer bolota, que a trepe”. Apesar das dificuldades enfrentadas, fiquei satisfeito ao percepcionar que o Fórum parece fortalecer-se e consolidar-se de ano para anos. Aliás ficam desde já avisados que o 6º Fórum Fantástico está marcado para os dias 11, 12 e 13 de Novembro de 2011, mais, os organizadores estão ansiosos para ouvirem as vossas propostas.
Por fim, vi o “Painel «Lisboa Fantástica», moderado por Rui Tavares, com João Barreiros, David Soares e Octávio dos Santos”, que abordou o potencial desta cidade, pré e pós-terramoto, como cenário para narrativas. Em suma, foi um boa experiência e para o ano lá estarei.
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