Existem muitas lendas sobre os wendigos. Em algumas são-lhes atribuídas características tão bizarras como o facto de terem de ser visto de frente, pois se forem olhados de lado serão invisíveis.
Em Crónicas Obscuras os wendigos são menos etéreos, contudo, nem por isso, menos perigosos. Eles são os supremos caçadores, ferozes e astutos, quase imparáveis.
Um wendigo não pode nascer, tem de ser criado por uma série de rituais antigos, conhecimento esse que quase caiu no esquecimento. Só uma mão cheia de xamãs conhece o processo de insuflar as almas de feras, ritualmente, mortas, no corpo de um mortal, um voluntário, tornando-o num monstro selvagem, de coração gelado e apreciador de carne humana.
Terminado o ritual não demora muito até que a transformação ocorra, tornando homem em besta.
Cada centímetro do corpo do wendigo é coberto por uma camada curta de pêlo cinzento. O seu cabelo tem o mesmo comprimento que o pêlo, sendo difícil entender em que parte do pescoço se encontra a separação.
As suas mãos são providas de garras com 6 cm de comprimento e a boca está repleta de grandes presas amarelas. O rosto é, essencialmente humanos, porém sofre desfigurações. A parte inferior da cara evolui para se assimilar a uma focinho, mas pára a meio, não chegando a alongar-se tanto como a de um lobo.
As orelhas são pontiagudas e encontram-se igualmente cobertas com pelagem cinzenta curta.
Porém, a característica mais impressionante do wendigo são os seus olhos. Retinas negras como as profundezas do espaço, desprovidas de alma, mas íris amarelas como pequenos sóis.
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