Se há coisa em que nós, humanos, somos bons é a contar histórias e a exagerá-las. O que significa que milénios de tentativas de entender o mundo e refrear o medo do desconhecido através de mitos, forneceu-nos um fértil terreno de situações, personagens e seres fictícios. Por outro lado, também significa que cada criatura ou espécie paranormal vem atrelada com uma cadeia de múltiplas histórias, muitas das quais divergentes.
Consideremos os lobisomens, por exemplo, a listas de coisas que fazem e são é interminável. Nem a sua origem é clara. Todos conhecemos a versão da dentada, mas em alguns países um lobisomem é um sétimo filho de um sétimo filho (estranho, já que noutros essa pessoa costuma ser provida de poderes mágicos, mas sem qualquer maldição acoplada).
Tudo isto para dizer que quando se decide escrever sobre vampiros, lobisomens e outras espécies mais ou menos conhecidas tem de se fazer uma selecção das lendas que se decidem aceitar ou ignorar. O que significa que, se por um lado, as escolhas possam agradar a alguns, infelizmente, não o podem a todos. É a desvantagem de trabalhar com materiais tão populares e acarinhados que, ao mesmo tempo, não têm uma linha condutora.
Por outro lado, também significa que há uma maior liberdade de criação.
Em suma, sei que posso vir a desagradar algumas pessoas com a minha concepção de vampiros e lobisomens, porém, espero que mantenham uma mente aberta como eu faço com as demais obras do género.
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