Em Crónicas Obscuras os vampiros não ganham, automaticamente, uma panóplia de poderes só por serem transformados. Na verdade, alguns vampiros nunca aprendem a lutar convenientemente. Contudo, têm alguns pontos a seu favor.
Antes de mais não sentem dor, o que é uma grande mais valia em combate. Isto, em conjunto com as suas capacidades de regeneração, permite-lhes atacar com uma abnegação que outras espécies apenas podem sonhar.
Na regeneração encontra-se o segredo da sua força. O facto dos seus corpos não mudarem impede-os de ganharam mais massa muscular, contudo, por outro lado, a ausência de dor permite-lhes executar esforços para além do ponto em que qualquer humano cederia. Dar um murro com tanta força que o pulso se parte ou fazer luxações ao erguer algo não os preocupa, afinal, segundos depois, estarão regenerados.
Essa mesma invulnerabilidade e o facto de terem corpos, incrivelmente, leves, por se alimentarem, exclusivamente, de sangue, dá-lhes uma agilidade fora do normal.
Contudo, não são estes talentos que os fazem tão perigosos, é a experiência. Considerem o seguinte: quão bons seriam a disparar, lutar com armas brancas ou em combate corpo-a-corpo se tivessem décadas de prática? Ou em qualquer outra coisa, já agora. Quer dizer, quando se tem a eternidade pela frente podemos tornar-nos especialistas em qualquer coisa, desde física quântica à luta com facas.
Imaginem como seria poderem dedicar uma década inteira a aprender uma determinada arte marcial, sem que isso fosse considerado uma grande investimento (o que são dez anos para quem têm a eternidade?) ou sem estarem sujeitos a qualquer espécie de decadência.
Derradeiramente, a fonte do poder de um vampiro é a descoberta dos seus limites físicos e aprender utilizá-los.
Gostariam, por exemplo, de andar à porrada com um tipo que não sentisse dor, regenerasse, fosse muito ágil e, ainda por cima, praticasse boxe há duzentos anos?
No comments:
Post a Comment