Uma das coisas que sempre me meteu confusão nas histórias de vampiros é o infindável número de fraquezas. Cruzes, estacas, luz solar, fogo, água benta, água corrente, crucifixos, sangue de homem morto, o não poderem entrar numa casa sem serem convidados, etc e por aí a fora. Quer dizer, mais vale um vampiro ficar numa redoma de vidro!
Claro que depois há o extremo oposto do espectro, uma lista de poderes que os torna estupidamente fortes! Mudar de forma, telecinese, telepatia, manipulação mental, voar, etc… Autênticos super-homens sobrenaturais (sim, é redundante).
Okay… cada autor faz o que lhe apetece. Nada contra, afinal é por isso que se chama liberdade criativa. Pessoalmente não quero que os meus vampiros sejam "franganotes" nem deuses. Por isso, vamos lá acertar uns pontos, sobre como as coisas funcionam em Crónicas Obscuras:
1º os vampiros estão mortos, por isso situações como gerarem filhos, morrerem afogados e coisas do género estão fora de questão. Eu sei, não devia ser preciso mencionar, mas houveram autores que foram por aí...
2º cruzes e outros objectos sagrados não repelem a maioria dos vampiros. Afinal, existiam vampiros muito antes do Cristianismo. O que pode acontecer é certos indivíduo terem razões psicológicas particular para se sentiram repelidos por esses símbolos. Por exemplo, indivíduos que eram particularmente religiosos antes de serem transformados e depois se afastaram deliberada e traumaticamente dos seus princípios.
3º dormir de dia só é um hábito nos primeiros anos, quando os novatos ainda não se habituaram a estar acordados vinte e quatro sobre vinte e quatro horas. Outras ocasiões para um vampiro dormir é desejar poupar energia ou passar algumas décadas sem interagir com o mundo, nesse caso a “soneca” é mais semelhante a hibernação e chama-se Torpor. Em qualquer dos casos o caixão é completamente opcional.
4º estacas são inúteis, a não ser que sejam usadas para retirar todo o sangue do seu corpo, altura em que entrará automaticamente em Torpor.
5º luz solar não os mata, mas magoa-os seriamente, na verdade é das poucas coisas que lhes causa dor, nomeadamente, nos olhos, cegando-os e desactivando-lhe o Pulsar (um sentido vampírico que falarei mais à frente).
6º fogo danifica um vampiro, porém, regra geral, não o mata. A não ser que o vampiro seja exposto a ele durante tempo e temperatura suficiente, para ser destruído a nível celular, contudo, devido aos poderes de regeneração que possuem isso é muito difícil.
Em suma, em Crónicas Obscuras, só existe uma maneira de matar um vampiro, separar a cabeça do corpo. Se isso acontecer o vampiro sofrerá, em segundos, o tipo de danos que o seu cadáver devia ter sofrido aquando da transformação, ou seja, dependendo do tempo que passou desde essa altura, tanto se pode tornar num esqueleto, corpo em decomposição ou pó.
No próximo post abordarei os seus pontos fortes.
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