Muita gente não gosta de contos por “saberem a pouco”, pelos frequentes finais em aberto, etc, enquanto outros defendem as suas virtudes face a obras maiores por terem menos “palha”, defendendo mesmo que é o melhor método para os autores mais novos “treinarem” antes de embarcar em “projectos grandes”, pois obriga a cortar o supérfluo.
Se concordo que escrever um conto obriga a lapidar o texto até ficar apenas o núcleo sólido (“o sumo da batatinha”, como diz Jean-Yves Blot), há muitas histórias que não podem ser contadas sem a tal “palha”, pois é nelas que se encontram os pormenores que lhes dão encanto.
Pessoalmente, estre outras coisas, para mim, os contos são uma boa maneira de experimentar autores novos sem o mesmo investimento de tempo e/ou dinheiro requerido por uma obra maior. Isto é, sempre tendo em mente que ambos os formatos requerem talentos diferentes. Um bom escritor de contos poderá não ter o mesmo sucesso em histórias mais longas…
No comments:
Post a Comment