No post “Fragilidades” (http://cronicasobscuras.blogspot.com/2011/09/fragilidades.html) referi uma autora cuja clara superioridade literária me fez desistir momentaneamente de escrever. A escritora em questão foi Lian Hearn, heterónimo com o qual Gillian Rubinstein escolheu assinar a série “A Saga dos Otori”.
Esta senhora tem um talento incomparável para pintar quadros de enorme beleza com o poder das palavras. Mesmo após reler os seus livros inúmeras vezes, continuo a ficar impressionado.
Todavia, tirando essa pausa forçada, que a longo prazo apenas me beneficiou, dando-me a oportunidade de amadurecer como escritor, não sei se posso apontá-la como uma influência muito forte na minha escrita, pelo menos no sentido de nas minhas narrativas existirem reflexos das dela. A única coisa que temos em comum é o facto de mudarmos a perspectiva que conduz a narração, dependendo do capítulo. Todavia, nesse caso, Lian Hearn partilhará o “protagonismo” com Jonathan Stroud, autor da saga “Bartimaeus”, que não só muda a perspectiva de capítulo para capítulo, como também o tipo de narrador.
Embora hesite em apontar Lian Hearn como uma verdadeira influência, não me parecia justo deixá-la completamente de lado.
Já agora, aproveito para perguntar: que género de narrador preferem? Participante ou não participante? Masculino ou feminino?
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